TRANSPORTE
Botelho defende retomada do VLT e sugere alteração no relatório da CPI da Copa
As sugestões propostas pelo deputado têm como objetivo não paralisar as obras do VLT
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), defendeu a retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e disse ter feito duas recomendações à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar as obras da Copa do Mundo com o intuito de não paralisar o andamento da obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
O parlamentar informou que devolveu o relatório para a CPI e já adiantou que a comissão tem autonomia para mudar o que achar necessário e se comprometeu em colocar em votação o documento assim que for concluída a discussão acerca das orientações feitas referente a rever a questão do pedido de paralisação das obras do VLT e também do afastamento do consórcio VLT Cuiabá.
Para Botelho, o melhor caminho encontrado pelo governo para evitar a judicialização que acabaria por prejudicar ainda mais a obra e os vagões que já foram adquiridos é continuar a obra construção do modal com o consórcio. Por outro lado, o deputado deixa claro que se houve qualquer tipo de desvio ou superfaturamento na obra na gestão passada isto caberá aos órgãos competentes investigar os fatos.
“Eu devolvi para que eles façam a avaliação sob dois aspectos: um é que o relatório recomendava a paralisação das obras e outro é com relação uma recomendação que eles fazem que se caso continue a obra que afastasse o consórcio”, declarou.
O parlamentar lembrou que já foram gastos R$ 1 bilhão e é preciso encontrar uma solução para a obra que está parada há dois anos. “Nós já gastamos mais de R$ 1 bilhão nesta obra, não temos condição de abrir um buraco colocar tudo lá dentro, colocar uma lápide e dizer aqui jaz o VLT, aqui jaz R$ 1,1 bilhão do povo de Mato Grosso. Não temos como voltar atrás nesta obra”, declarou.
Porém, o deputado faz um alerta também para que se tenha cautela com relação às datas dadas pelo governo e para o contrato com o consórcio para evitar que novamente a obra sofra atrasos e não saia efetivamente do papel.
Quanto às orientações do relatório da CPI da Copa que aponta para superfaturamento, Botelho é enfático em afirmar que não pedirá nenhuma alteração neste sentido e defende que se houve irregularidade seja apurada e os responsáveis punidos na esfera judicial.
“Eu não discuti estes valores, esta é uma discussão que eu não posso entrar porque se houve desvio não tem como mudar isto. Estou discutindo o mérito. A questão dos desvios tem de ser mantido. Isto é matemático”, afirmou.