CRISE DA PANDEMIA
Associação de Academias recorre à AL para viabilizar linhas de crédito
Setor vivencia crise financeira provocada pela suspensão temporária das atividades no combate à disseminação do coronavírus
A Associação Brasileira de Academias (ACAD) recorreu à Assembleia Legislativa para pedir apoio na liberação de linhas de crédito para ajudar o setor a enfrentar a crise financeira deflagrada pela suspensão das atividades no combate à disseminação da Covid-19. Em reunião nesta terça-feira (28), com o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM), o representante da ACAD, Celso Mitsunari descreveu a difícil situação que passam os pequenos e micro empresários do ramo de academias de ginástica e dependem desse apoio para manter seus empreendimentos.
Botelho garantiu empenho para atender a reivindicação durante a reunião que contou também com o apoio do secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer Allan Kardec; do diretor de Prospecção e Projetos da Agência de Fomento de Mato Grosso – Desenvolve MT, William César Moraes e do vereador por Cuiabá, Vinicius Hugueney.
“É um setor muito importante. Foi um dos primeiros que fechou e segue ainda sem perspectiva de abertura. Está passando por dificuldades financeiras, de capital de giro. E estamos trabalhamos nesse sentido para ajudar, para arrumar uma linha de crédito, junto ao MT Desenvolve, deslocando dinheiro do Fundeic para atender. Também estamos fazendo gestão junto às prefeituras para que criem critérios para a abertura dessas academias, pois é a sobrevivência delas. Estão há muito tempo fechadas, sem recurso total e não têm como fazer serviços delivery como os restaurantes, a única opção é reabrir”, esclareceu Botelho.
Da mesma forma, o secretário Kardec informou que essa é uma das preocupações do governo do estado. “O segmento busca apoio junto ao governo do estado, uma linha de crédito para amparar esse segmento que gera emprego, gera renda e gera saúde. Viemos aqui na Assembleia Legislativa e o presidente Botelho se comprometeu com a categoria a buscar recursos destinados para esse segmento”, destacou.
Mitsunari alertou que são aproximadamente mil academias em Mato Grosso e que tem recebido reclamações de donos de academias, inclusive, do interior. “São pequenos e micro-empresários que passam por muitas dificuldades. Estão há mais de 40 dias sem entrar nenhuma receita. Têm dificuldades para conseguir linhas de créditos em bancos privados porque estão fechadas e, não funcionam como um mercado, normalmente, o pequeno empresário não tem capital de giro para dar como garantia ao banco. Alguns já me avisaram que fecharam, outros faliram, muitos me disseram que já perderam a esperança. Estamos aqui pedindo humildemente para salvar as academias porque muita gente está envolvida nesse segmento, não é só os donos, mas também professores, funcionários, técnicos, indústrias de equipamentos de musculação, uma cadeia muito grande. Espero que possamos sair com uma esperança”. avaliou.
Para Moraes, da Desenvolve MT, o Fundeic pode ser a válvula de escape do setor. “O Fundeic pode ser agora a salvação para determinadas categorias. Foram feitas algumas mudanças legislativas e a Assembleia foi parceira nesse sentido. Esperamos que essas mudanças possibilitem agora o capital de giro pelo fundo de desenvolvimento que vai atender a categoria nesse momento emergencial com condições de juros e carências mais adequados”.