AÇÃO EMERGENCIAL
Durante visita no Hospital Metropolitano, Botelho lamenta demissão do ministro Mandetta
Parlamentar também reforçou a importância dos cuidados de higienização ao alertar a população sobre possível aumento de infectados pela Covid-19
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), considerou o momento inoportuno para a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmada ontem (16), pelo presidente da República Jair Bolsonaro. Botelho, que esteve nesta sexta-feira (17), no Hospital Metropolitano – Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva, em Várzea Grande, também falou sobre as inúmeras ações que a ALMT está fazendo para ajudar no combate à pandemia e reforçou a importância sobre os cuidados de higienização para que não haja aumento da curva do coronavírus em Mato Grosso.
A visita ao hospital foi feita também pelo governador Mauro Mendes e demais poderes para verificar o andamento da obra de reforma e ampliação dessa unidade que, antes, dispunha de 68 leitos e passará a ter mais 210 leitos, se tornando referência no tratamento de pacientes infectados pela Covid-19. A ALMT destinou R$ 10 milhões para ajudar o governo nessa obra. Ou seja, serão 278 leitos, sendo 40 de UTI.
“Foi muito ruim, evidentemente. O Mandetta vinha fazendo um trabalho brilhante na condução dessa crise e ele foi demitido nesse momento em que nós precisamos mais dele. Mas, a vida continua, a luta continua e acredito que não vai mudar muita coisa”, afirmou Botelho.
Da mesma forma, o governador também lamentou a saída do ministro da Saúde do cargo. “Mandetta um grande profissional, mostrou-se uma pessoa extremamente competente, carismática, fez um belíssimo trabalho. É lamentável, mas nesse momento temos que torcer para que o novo ministro possa dar continuidade no trabalho sério que vinha sendo feito, não só do Mandetta, mas por todo Ministério da Saúde e que isso não possa representar uma ruptura desta política de saúde pública tão importante nesse momento”, afirmou Mendes, ao reconhecer o empenho da Assembleia Legislativa nas ações de combate à pandemia.
Na oportunidade, Botelho falou à imprensa e mandou mensagem de otimismo à população, alertando sobre os cuidados necessários. “O momento é de esperança, calma e tranquilidade. Todos precisam se proteger, principalmente, os idosos. Ainda vamos ter dias difíceis porque o número de infectados ainda não subiu. Sabemos que vai subir porque a hora que começar a liberar um pouco, mas é natural. Não temos como paralisar o vírus nesse momento. Esse isolamento já ajudou muito porque não aumentou tanto o número de contaminados, mas não vai acabar. É importante ficarmos atentos porque após isolamento será necessário todos os cuidados, até que encontrem um remédio ou vacina”, destacou.
AÇÕES – além da aprovação de projetos para o governo enfrentar a pandemia, a Assembleia Legislativa criou a comissão mista Observatório Socioeconômico para acompanhar e sugerir ações que protejam a população. Também mantém diálogo com alguns sindicatos de classes para entendimento, por exemplo, sobre o pagamento de mensalidades escolares e situação de professores interinos.
De acordo com Botelho, a ajuda para a construção de novos leitos no Hospital Metropolitano foi fundamental. “A Assembleia está atuando em todos os setores. Já ajudou a Santa Casa, o Hospital Universitário Júlio Muller, fizemos um trabalho para criar o FEEF [Lei 10.709/18]. A Assembleia está atuando na vanguarda, está à frente de tudo, especialmente nesse momento de dificuldade”, afirmou Botelho, ao destacar que também atuam para consolidar a criação de linhas de créditos, via MT Fomento, para micro empresários.
ISOLAMENTO – Botelho também falou sobre a necessidade de se analisar o isolamento social conforme a realidade de cada município. Para ele, não dá para uniformizar e a regra tem que ser diferenciada. “Agora, acho que tem que prevalecer a decisão dos prefeitos. São eles que têm as informações e estão acompanhando diariamente através das secretarias municipais de Saúde”.
HOSPITAL DE CAMPANHA – Conforme o governador, a ampliação de novos leitos foi decidida após avaliação do alto custo à construção de um hospital de campanha, ou seja, hospital temporário.
“Pegamos orçamento das mesmas empresas que fizeram lá em São Paulo, mas o preço é mais caro por quatro meses apenas. Depois, se quiser mais um mês tem que pagar em média de R$ 3 milhões por mês. A implantação custaria uns R$ 15 ou 16 milhões. Esse hospital [Metropolitano] com mais 210 leitos vai ficar mais barato e é uma obra definitiva. Adotamos a melhor estratégia para entregar resultado à população gastando bem o dinheiro público”, finalizou Mendes.
FEEF – LEI Nº 10.709/18 – Institui o Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal de Mato Grosso – FEEF/MT e dá outras providências. Lei que instituiu o Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal de Mato Grosso – FEEF/MT, gerido pela Secretaria de Estado de Fazenda, destinado à alavancagem de recursos para a implementação e a execução de políticas públicas de saúde e ao auxílio na recomposição das finanças públicas estaduais, a fim de se promover o equilíbrio fiscal.