SAÚDE PÚBLICA

Botelho intervém e governo assegura recursos para hospitais filantrópicos

Prestes a fecharem as portas, os hospitais filantrópicos de Cuiabá receberão ajuda do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O entendimento foi anunciado após reunião intermediada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), realizada na noite desta quinta-feira (18.08), no Palácio Paiaguás, entre o governador Pedro Taques (PSDB), secretários de Estado, representantes dos hospitais filantrópicos, deputados estaduais e federais.

A medida prevê o repasse de R$ 2,5 milhões por mês, nos próximos três meses, para ajudar no custeio dos hospitais: Santa Casa de Misericórdia, Santa Helena, Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, Hospital de Câncer e Hospital Geral Universitário. Além disso, o governo e os hospitais vão trabalhar em um plano conjunto para zerar as filas por cirurgias.

“A Assembleia teve a participação em fazer o diálogo e procurar uma solução. É bom que se diga que os recursos para resolver a questão é do governo do estado, que está se empenhando para resolver a situação. A solução não está resolvida. É um paliativo para continuarmos trabalhando e buscando novas alternativas”, afirmou Botelho.

O governador disse que a medida voltará a ser analisada. “Vamos repassar R$ 2,5 milhões nos próximos três meses, reavaliaremos isso no final do segundo mês. Também fizemos uma proposta aos filantrópicos, que vão estudar na próxima semana a possibilidade de o Estado contratualizar a realização de cinco tipos de cirurgias eletivas para zerar a fila de espera que chega a nove mil pessoas”, anunciou o governador Pedro Taques. As cirurgias são: geral, vascular, ortopédica, urológica e ginecológica.

Segundo o governador, caso os hospitais aceitem em participar do programa de realização de cirurgias, o pagamento dos procedimentos poderá chegar até 300% do previsto da tabela SUS. Os recursos a mais devem ajudar no custeio dos procedimentos que consomem volume maior que o previsto pelo Ministério da Saúde.

Após o encontro, Governo e hospitais emitiram nota conjunta na qual as unidades reconhecem que o Estado não tem dívida com os filantrópicos; também reconhecem os aportes realizados desde 2015. Na nota, os hospitais reconhecem que os repasses a maior, feito através da Portaria 19 (SES/2016), tinham validade de três meses e foram prorrogados por igual período, compreendendo seis meses de ajuda financeira.

Representando os hospitais filantrópicos, o médico Marcelo Sandrin, do Hospital Santa Helena, de Cuiabá, disse que a medida adotada pelo governador Pedro Taques de permanecer com os pagamentos a maior salva vidas. “Saímos daqui bastante aliviados. Nós, filantrópicos, que fazemos mais de três mil internações por mês saímos com a certeza de que vamos buscar fazer o melhor”, afirmou.